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O impacto da exposição paterna à maconha nos cérebros dos filhos.



A pesquisa foi conduzida como parte do Projeto CIPHERS na Universidade de Duke, que é apoiado por uma doação da John Templeton Foundation. O projeto CIPHERS é composto por três componentes de pesquisa e um componente de divulgação e engajamento. O Projeto CIPHERS utiliza coortes de estudo humano, uma população de roedores e um laboratório epigenético. O projeto estuda se o uso de cannabis pelo sexo masculino antes da concepção pode alterar a epigenética espermática, se essas mudanças são passadas às crianças e quais podem ser as implicações para a saúde dessas mudanças.


No estudo com animais, no qual apenas os machos foram expostos à maconha antes do acasalamento, as anomalias cerebrais da prole se assemelhavam a mudanças que são evidentes em bebês humanos que foram expostos quando fetos a neurotoxinas conhecidas, como pesticidas e fumaça de tabaco.


A conclusão do estudo é que o uso de maconha nos homens parece alterar o esperma antes do acasalamento, aumentando o risco de seus filhos desenvolverem anomalias cerebrais em áreas associadas ao humor, memória, aprendizado e recompensa.


"Nossas descobertas são traduzíveis de ratos para seres humanos porque os mesmos circuitos cerebrais estão envolvidos tanto em humanos quanto em ratos", disse Theodore Slotkin, Ph.D., professor do departamento de Farmacologia e Biologia do Câncer da Duke e autor sênior do estudo, cujo título original é “Paternal Δ9-Tetrahydrocannabinol Exposure Prior to Mating Elicits Deficits in Cholinergic Synaptic Function in the Offspring”, publicado em 20 de fevereiro na revista Toxicological Sciences.


"Este estudo demonstra que o uso de maconha pelos pais, e não apenas pelas mães, pode ter um impacto na saúde dos filhos, mesmo quando o uso ocorre antes da concepção", disse Slotkin.


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