O teste padrão ouro para diagnóstico de Covid-19 tem sido o PCR, através do swab nasofaríngeo, mas o método é desconfortável e requer um profissional de saúde treinado. Agora, 2 metanálises concluíram que os testes de saliva autoadministrados são equivalentes para detectar SARS-CoV-2.
A primeira, publicada nos Anais da Medicina Interna, analisou 37 estudos com 7332 amostras emparelhadas. Verificou-se que a sensibilidade dos testes de saliva foi 3,4 pontos percentuais menor que a dos swabs nasofaríngeos. O segundo artigo incluiu 16 estudos envolvendo 5.922 pacientes. Determinou que a sensibilidade e especificidade dos testes são quase idênticas.
Considerando a facilidade de uso, conforto e bom desempenho dos testes, "os centros de testes devem considerar fortemente a adoção da saliva como sua primeira escolha amostral, especialmente em programas de triagem em massa da comunidade", escreveram os autores do artigo, da Universidade McGill de Montreal e do Centro Clínico dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, na JAMA Internal Medicine.
Veja as conclusões das metanálises:
Estudo 1: “A amostragem de saliva parece ser uma alternativa igualmente sensível e menos dispendiosa que poderia substituir swabs nasofaríngeos para coleta de amostras clínicas para testes SARS-CoV-2.”
Estudo 2: “Durante uma pandemia, quando a probabilidade pré-teste de infecção é elevada e a falta de exposição não é confiável para excluir o COVID-19, grandes programas de teste em massa são necessários para uma resposta eficaz à saúde pública. Embora algumas perguntas permaneçam sobre a precisão diagnóstica da saliva em certas populações e ambientes, especialmente pacientes hospitalizados e gravemente doentes, o teste de saliva produz uma sensibilidade e especificidade comparáveis ao swab nasofaríngeo em pacientes ambulatoriais que apresentam sintomas mínimos ou leves. O teste de saliva deve, portanto, ser priorizado para implantação em larga escala com estudos prospectivos realizados por laboratórios de microbiologia clínica e autoridades de saúde pública.”
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