Violência contra mulher e LGBTI crescem em período de pandêmia.

Os números mostram uma triste realidade para milhões de pessoas que sofrem violência diariamente e que neste período de isolamento social tem sido agravada por inúmeros fatores:
Aumento no tempo de convívio familiar já que muitas pessoas estão trabalhando em suas residências ou perderam seus empregos;
Por dificuldades financeiras que muitas famílias já estão vivenciando;
Ignorância e falta de informação por parte de algumas pessoas que consideram o público LGBTI como possíveis vetores de doenças durante a pandemia da COVID-19
Transmissão de Fake news ...
Enfim, muitos são os gatilhos para que indivíduos desequilibrados cometam este tipo de abuso covarde e criminoso.
Todos os indivíduos tem a obrigação moral de denunciar situações como essas, mas nós, profissionais de saúde, temos além da obrigação moral a responsabilidade profissional de dar acolhimento, orientação e apoio a essas pessoas além de denunciar esses algozes que utilizam a força física e a palavra para agredir pessoas em situação de vulnerabilidade.
A Organização das Nações Unidas Brasil reforça a importância dos países tomarem medidas contra a violência a pessoas LGBTI como:
Denunciem desinformação usada como bode expiatório, calúnia ou que culpe pessoas LGBTI pela disseminação da COVID-19;
Impeçam o uso de vigilância estatal nas tecnologias de comunicação pessoal das pessoas LGBTI;
Incluam pessoas LGBTI em esquemas nacionais de proteção social, englobando apoio à renda;
Envolvam as pessoas LGBTI no planejamento de mensagens de saúde pública relacionados à COVID-19, entre outras.
A Polícia Militar do Estado de SP identificou um aumento no número de atendimentos a violência contra a mulher de 44,9%. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), informou que o total de socorros prestados passou de 6.775 para 9.817, em comparação entre março de 2019 e março de 2020.
A quantidade de feminicídios também subiu no estado, de 13 para 19 casos.
Os profissionais de saúde estão na linha de frente no combate ao coronavírus e não pararam suas atividades, portanto estão em contato direto com pessoas que podem estar sofrendo este tipo de abuso físico e/ou emocional.
Portanto é fundamental estar atento a essas situações e em caso positivo, dar todo o suporte a essas pessoas.
Caso você resida ou trabalho próximo a algum local ou residência onde alguém sofra este tipo de abuso, denuncie e não se torne cúmplice deste tipo de barbárie.
Disque denuncia 181
Disque PM 190
Fontes: