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O volume de informações que temos acesso hoje é estratosférico, chegando à casa de exabytes. Mas é preciso critério para separarmos o “joio do trigo”, o verdadeiro do falso.


É necessário saber identificar uma fake news, ou o risco de prejuízo à saúde e à segurança podem ser iminentes. As fake news podem ser informações fora do contexto, que com o passar do tempo se tornam conteúdos inválidos, ou conteúdos manipulados e até criados, sendo eles totalmente falsos. Seguindo algumas orientações, é possível evitar esse tipo de notícia:

1- Preste atenção na fonte. Busque a fonte original para se certificar e se aprofundar no tema. 2- Não leia apenas o título. 3- Observe se há erros na escrita. 4- Confirme se o autor tem credibilidade quanto ao tema. 5- Tenha cautela com suas opiniões e interpretações para não ser um disseminador de fake news. Senso crítico pode evitar que você caia nessas armadilhas! HEALS Educação, mantendo você bem informado 😉


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Um estudo publicado esta semana na revista European Heart Journal concluiu que o ibuprofeno aumenta em 31% o risco de parada cardíaca. A mesma pesquisa indicou que outros fármacos do mesmo tipo, anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) apresentam um risco ainda maior.


Segundo um estudo realizado na Dinamarca, pesquisadores apontam que o Diclofenaco aumenta em mais de 50% o riso de parada cardíaca e o Ibuprofeno, em mais de 30%. O estudo sugere que estes medicamentos sejam restritos e em doses muito limitadas. Segundo os autores, o AINE mais seguro seria o Naproxeno e o pior deles, o Diclofenaco.


No Brasil, estes medicamentos estão entre os mais consumidos, sejam em apresentações isoladas ou associações, vendidos no varejo farmacêutico ou distribuídos no SUS. Estão entre os campeões de venda sem receita médica. Isso reforça a importância da Atenção Farmacêutica, como prática que visa a segurança do paciente através da farmacoterapia responsável.


HEALS Educação, mantendo você bem informado 😉



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Uma síntese de informações da medicina indiana e da farmacologia moderna.


O Gengibre (Zingiber officinale), chamado na medicina ayurvédica de ardrak ou shunti, tem ótima aplicação como digestivo e antiemético, sendo útil também em outros problemas do TGI, como cólicas intestinais e flatulência. Também é analgésico/antiespasmódico e anti-inflamatório. Pode ter aplicação em diabetes e dislipidemias. Seu uso em pacientes obesos, como termogênico, é frequente. No entanto, gengibre exige cuidados para administração em pacientes hipertensos, com tendência a sangramentos, úlceras e problemas cardíacos.


Os mecanismos farmacológicos indicam inibição da produção de prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos, além de produção de secreção biliar e gástrica e aumento da motilidade gastrintestinal. Também há ação termogênica, lipolítica, antioxidante, respaldando suas indicações pela fitoterapia ocidental. As restrições ou precauções se explicam pela presença de cumarinas, que dificultam a coagulação sanguínea. E os esteróis, que podem promover desequilíbrio hormonal e aumento de pressão arterial. Também ocorre sensibilização da pele, ocasionando dermatites.


A medicina indiana ayurvédica explica as indicações do gengibre pela atuação nos doshas do paciente: redução de vatta e kapha, e aumento de pitta dosha. E pelo fato de o gengibre ter energia quente, denominada vyria.


Doshas são bioenergias que constituem os seres vivos e lhes conferem características próprias, além de “governarem” sistemas orgânicos, com suas fisiopatologias próprias. O agravamento ou excesso de um dosha, da mesma forma que sua diminuição ou insuficiência, leva a doenças. O dosha pitta governa os sistemas digestório e cardiovascular. Logo, agravamento desse dosha significa surgimento de doenças ou distúrbios nesses sistemas. Pitta em excesso pode induzir dor epigástrica, hipertensão, taquicardia. Pitta enfraquecido equivale a má digestão, náuseas, dores, má circulação, astenia, entre outros problemas.


A maioria dos problemas digestivos se dá pelo excesso de frio (vatta e kapha aumentados) e escassez de fogo digestivo. A exceção é a gastrite, que se dá pelo excesso de pitta (excesso de fogo = excesso de queimação). Daí a importância e o cuidado no uso do gengibre, pois sua energia, como dito, é quente.


Os doshas vatta e kapha aumentados indicam dificuldades digestivas. Vatta se localiza nas articulações e na pele, sendo que seu agravamento pode levar às inflamações e dores articulares e afeções dermatológicas. Kapha em excesso leva à obesidade, entre outras doenças metabólicas (diabetes, dislipidemias).


O uso regular do gengibre, especialmente em pacientes com baixo fogo digestivo e inflamações frequentes (pitta diminuído e vatta aumentado) pode ser benéfico. Nos pacientes obesos, dislipêmicos e hiperglicêmicos (kapha aumentado), também temos indicação do gengibre. Pode ser incluído na dieta ou através de formulações encapsuladas, tinturas ou decocções.


Mas, cuidados nunca são demais! Se adotarmos o uso frequente do gengibre em um paciente de natureza pitta já aumentado, corremos o risco de promover o surgimento de gastrites e doenças cardiovasculares, como a hipertensão. E se o paciente já apresentar deficiência de vatta ou kapha, podemos ter sérios distúrbios hormonais, hipoglicemia, sonolência etc.


Em qualquer dos casos, o correto diagnóstico dos doshas e a prescrição adequada da fórmula são necessários. Por isso, o estudo do ayurveda e a correlação adequada com a fitoterapia ocidental, baseada na farmacologia dos fitocomplexos, representa uma estratégia de personalização da terapêutica, com maiores chances de sucesso.


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Referências:

D`ANGELO, Edson; CÔRTES, Janner. Ayurveda – A ciência da longa vida. São Paulo: Madras, 2010.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. 126p.

NICACIO, Gabriela et al. Breve revisão sobre as propriedades fitoterápicas do Zingiber officinale roscoe – o gengibre. Sinapse Múltipla, 7(2), dez., 74-80, 2018.

BARRETO, Alice Maria et al. Efeitos do gengibre (Zingiber officinale) em pacientes oncológicos tratados com quimioterapia. Com. Ciências Saúde. 2011; 22(3):257-270.

MAGALHAES, Mauro Taveira et al. Gengibre (zingiber officinale roscoe) brasileiro: aspectos gerais, óleo essencial e oleoresina. parte 2 - secagem, óleo essencial e oleoresina. Ciênc. Tecnol. Aliment. [online]. 1997, vol.17, n.2, pp.132-136. ISSN 0101-2061.

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